O espírito recolhido em pura contemplação,
Silencioso e vazio.
Em completa solidão.
Negando-se a si mesmo
Atinge o nada - que é ermo,
Em perfeita aniquilação.
Porém eu, que nada sei,
Necessito que alguém que tenha o conhecimento
Faça-me saber também
Mostrando-me o caminho
Que, mesmo cheio de espinhos,
É o do Amor – o do Bem.
E o caminho escondido,
Obscuro, escurecido por minha falta de fé,
Alguém, bem mais entendido
Que eu, mo faz conhecido.
E a astúcia do inimigo que me embaçava os sentidos,
Já não existe. Não é.
...
E aí, vazia de tudo - do que é e do que não é,
Minha alma estará pronta - purificada na fé,
Para ascender ao divino – a Deus, o uno e trino,
A quem cabe o meu destino.
Assim, quieta, me inclino a tudo que Deus quiser.
Por: Rosa Ramos Regis da Silva
Parte (introdutória) do Trabalho Monográfico de Final de Curso - Filosofia Licenciatura Plena, na Universidade Federal do Rio Grande do Norte-UFRN, Centro de Ciências Humanas Letras e Artes-CCHLA, Departamento de Filosofia-DEFIL, Orientada pelo Professor de Filosofia Medieval: Prof. Dr. Oscar Federico Bauchwitz.