O PENSAMENTO NIETZSCHEANO (uma compreensão poética do pensamento de Nietzsche)
Por: Rosa Ramos Regis
Univ. Federal do Rio Grande do Norte – UFRN
Centro de C. Humanas, Letras e Artes – CCHLA
Departamento de Filosofia
Disciplina: Exercícios de Análises Filosóficas
Professora: Fernanda
Aluna: Rosa Ramos Regis da Silva
3a Avaliação.
1 – Relacione as seguintes idéias:
Universo – conhecimento – homem –
mosca – verdade – metáfora.
O homem se acredita
Como dono do saber
De uma verdade inaudita!
Ou seja, do conhecer.
Se acha muito importante!
Do Universo, o centro!
E tudo e todos têm que estar
Sempre a ele atentos!
Mas, diante do universo,
O que é ele, afinal?!
Um sopro... um pequeno fôlego...
Que nem chega a ser real.
Seu pensar de nada vale!
Nenhuma importância tem.
Diante da imensidão
Do Universo, ele é quem?!
Tem o mesmo valor da mosca!
Que também pode se achar
Como o centro do Universo
Quando está a voar.
É, pois, de se admirar
Que um ser intelectual
Possa pensar que é dono
Da Verdade Universal!
Pois, se ele mesmo as cria,
De uma forma metafórica,
Dando nome às coisas, sem ver
E sem ao menos ter uma lógica!
Oh, homem inteligente,
Não sejas tão petulante!
Seu intelecto só diz
Ser você um ser pensante!
E já que você não tem garras,
Ele o ajuda a lutar
De uma forma consonante
Com o seu modo de pensar.
2 – Explique: “O conceito nasce
da igualação do não-igual”.
Esquece-se as diferenças
Das formas individuais
Que existem em todos os seres,
Animais e vegetais:
Tomando-se um representante
Como se todo o restante
Fossem a ele iguais.
É assim que surge o conceito
De forma muito arbitrária
Mas, por todo mundo aceito.
Onde o não-igual se iguala
A um individual
Que, em nossa mente, está
Representando o geral.
3 – Explique: “Somente por
esquecimento pode o homem chegar
a supor que possui uma verdade”.
O homem usa a linguagem
Que ele mesmo criou
Como sendo "lei" ou "norma"
Para nomear as coisas,
E em verdade a transforma.
E com a linguagem metafórica,
Que é transformada em "lei"
Como fuga da mentira,
E que num "acordo" de faz,
Vira palavra de rei.
- Ora!... A verdade é esta!
Diz ele. É que esqueceu,
Certamente, que foi ele
Quem a criou e elegeu!
E que, de forma arbitrária,
Nome às coisas ele deu.
4 – O que entendeu por ïntelecto livre”?
O intelecto está livre
De usar abstrações.
Não se guia por conceitos,
Apenas por intuições!
E deixando de ser escravo,
Desfaz-se das ocupações.
De uma forma disfarçada
Brinca e cria com prazer,
Entrecruzando as metáforas
Que lhe ajudam no lazer.
E está satisfeito com a vida
Da forma que ele a vê.
(Terceira Avaliação da Disciplina: Exercícios de
Análises Filosóficas, no 2º período do Curso de
Filosofia Licenciatura Plena, da UFRN, no ano de l999).
Rosa Regis
Enviado por Rosa Regis em 11/06/2006