Sem noção de amor fraterno// O homem agride o irmão,// Num ato que mostra o inferno// Que traz no seu coração.
Rosa Regis Brincando com os Versos
Pensares que se transformam //espalhando poesia, //pegam carona no vento// enchem meu ser de alegria
Textos
A CAMINHADA (parte de um trabalho pretencioso)

por Rosa Ramos Regis

CAMINHADA TESTE

Pensei...
Estou muito bem!
Inteira!
Nada quebrado.
Qual não foi minha surpresa
quando vi o resultado.

De repente...
uma dor aguda
na emenda do quadril
(do direito). E eu exclamo:
- Oh, meu!... puta  que o pariu!

E vou indo...
manquitolando...
Com a dor a se estender.
De repente a outra perna
já me começa a doer.

Porém
a perna direita
que é, um centímetro, maior
que a esquerda,
sofre mais.
Dói da coxa ao mocotó.

Seria falta de treino?
Vou, com meus botões, pensando
já de casa me aproximando.
Certamente!
Deve ser.

Amanhã tento de novo.
Depois de amanhã também.
E espero me acostumar
a caminhar, com vagar,
mas, com constância.
Faz bem.  
        
Natal/RN – Conj. Bancários, B. Pitimbu, - 01/11/2005.


DIA DOIS

Dia Dois
Segundo dia
É o Dia de Finados!
O corpo está mais leve
Parece mais descansado.

Seis e Meia da manhã!
Empreendo a caminhada
Do Satélite1 à Candelária*.
Será que estou preparada?

Vou caminhando e rezando
com fé em Nossa Senhora:
Mistérios! Que ofereço
para Sua Honra e Glória.

Já na primeira subida
reage o corpo, cansando.
E vou reduzindo a marcha:
devagar - quase parando.

Venço a rampa. Continuo.
Pouco a pouco vou vencendo
o caminho a que me propus.
E o quadril não está doendo.

Vou caminhando e rezando
mas, um pouco receosa
olhando, de vez em quando,
pra trás, de lado... medrosa.

Carros e motos patrulhas
da Polícia Militar
e da Civil. Eu as vejo
e isso me faz acalmar.

Acho que a hora é tardia
para caminhada ali
Preciso acordar mais cedo
e mais cedo, pois, dormir.

Vejo um gatinho jogado
ali do lado da estrada.
No mato. Foi abandonado
por uma alma desgraçada.

Paro ao terminar a reza.
Não sigo até o final.
Não vou até Candelária
pois tal me faria mal.

A volta é bem mais rápida
pois, agora, venho escrevendo.
E, ainda que mais demore,
eu não estou percebendo.

Porém, na reta final,
acontece o que eu já temia:
uma dor no osso – no fêmur,
com constância me arrelia.

E agora, manquitolando,
aos pouquinhos, devagar,
vou caminhando e escrevendo
o que acabei de passar.

E ali vêm mais alguns...
Alguns não! um batalhão
( com exagero e tudo )!
E isso será bom ou não?!

Chego, finalmente, em casa.
Sento-me, então, na calçada
para terminar, com alegria,
a Segunda poesia
que fiz para “ A Caminhada”.

Natal/RN – Conj. dos Bancários, B. Pitimbu – 02/11/2005.
Rosa Regis
Enviado por Rosa Regis em 15/07/2006
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