O AMOR É IMORTAL
No fundo da mala, amarelecido,
Aquele vestido, singelo, godê,
Que há anos guardei, lembrou-me você
Um ser demodê, qual o velho vestido.
E o meu coração, que achei esquecido,
Havia, de si, deixou-me ver que
No seu baticum, tal um bilboquê,
Que bate e rebate, assim... sem sentido...
Meu amor por você só adormecera.
Qual aquele vestido, eu o esquecera
No fundo da mala do meu coração.
E ali, escondido, eu não percebera
Que ele estava dormindo, não morrera
O Amor não morre, quem morre é paixão.
Rosa Regis
Natal/RN
31.10.2009