SAUDADE DO CANDEEIRO
comentando
("O candeeiro na rua - Ou
a simplicidade mais absurda
de fugir a agarrar o que nos
mais convém e dá alento")
de Ricardo Barras, no POESIA PURA
O candeeiro fugiu!
Fugiu aterrorizado
Com medo da luz elétrica
Que o pôs quase apagado.
Fugiu, deixando saudades
Aos casais de namorados
Que a penumbra das cidades
Punha mais aconchegados.
Sua chama tremeluzente
Apagou-se. E ele sente
Que tomaram seu lugar
Hoje, já não há espaço
Para si. E nenhum traço,
De si, ficou pra lembrar.
Rosa Regis
Natal/RN-Brasil
09.03.2011 – 20:15h