A CULTURA GLOBALIZADA
ou
O EXCESSO DE ESTRANGEIRISMO
JÁ TOMOU CONTA DA GENTE
O excesso de estrangeirismo
Já tomou conta da gente,
O brasileiro usa a língua
Estrangeira e nem se sente
Já tornou-se um viciado
Com um linguajar diferente.
Os produtos conhecidos
Pela globalização
Faz que nós assimilemos,
Sem nenhuma restrição,
Como se eles mesmos fossem
Produtos desta Nação.
Cheeseburger, diet, soda,
Reebok e basketball;
Drive-in, motocross e game,
Camping, doping, baseball;
Ketchup, light, milk,
Film, golf e handball.
Videotape, videogame,
Happy end e HP;
Mountain-bike, park, poker,
King-size e WC;
Blackout, checkup, diesel
Black music, blues, CD.
Knockout, strip-tease,
Trailer, bike e topless;
Videotape, jeep, surf,
Laser, mix, fitness;
Freezer, tape, Station Games,
Stand, step e stress.
Volleyball, windsurf,
Premium, master, flash, spray;
City, house, feedback
Kit, outdoor, friend e gay;
Champion, super-star,
Kitchen – que é cozinha. Eu sei.
CD-ROM, backup, byte,
Homepage, internet;
Media player, Password,
Shift, update, intranet;
Hard drive, hardware,
Chip, HD, mouse e net.
Twist, swing, stereo
Flashback e LP;
New age, compact disc,
DJ – que anima você;
Gospel – que é música sacra.
E a canta aquele que crê.
Tennis, flat, disc-jockey,
Heavy metal, funk, jazz;
Rap, rock, dance music,
Credit-card, cash, express;
Taxi, ticket, rent a car,
Pizza, sandwich… Yes!
Club, container, boutique
Baby-sitter, Web-can;
The home banking, export,
Drive-thru, design, van;
Serial killer, full-time,
Aple – que é nossa maçã.
Feedback, flat, free,
Made in…, gold, Magazine;
Megastore, MBA,
Hangar, bypass, franchising;
Merchandising, news, slide,
Shopping center, marketing,
Lady, friend, mister black,
Hit e Ph.D. press;
Office-boy, top-model.
Sex appeal, love, relax;
Boyfriend, girl, black power,
Movie star, freelance, sexy.
Office, import, trademark,
Black tie e baby doll;
Lycra, fashion, cotton, jeans,
The valet-park, hall;
Tennis shoes, shorts, stretch,
Happy, blazer, Medway-mall
Girlfriend, que é namorada,
Encerrando a relação
De nomes que mal sabemos
A significação,
Porém há muito bem mais
Que chama a nossa atenção.
O inglês foi o escolhido
Pra iniciar no cordel
Por ser ele o mais metido
Entre nós. O meu papel
Foi mostrar como outra língua
Na nossa faz um escarcel.
Da próxima vez, eu prometo
Trazer mais um idioma
Para mostrar pros senhores
Como o estrangeirismo toma
Conta da nossa linguagem.
E eu não sei se isto soma.
Rosa Regis
Natal/RN – 15 de setembro de 2011