DEIXA QUE EU AME MÃE!
Quase sem dor, sem mais nenhum sofrer, (*)
Na noite fria senti a solidão,
O pulsar fraco do meu coração
Que já não luta. Para de doer.
Os meus pensares, loucos a correr,
Já não conseguem ter conexão,
Perdendo-se em meio à multidão
De devaneios, anulando o ser.
Não seria melhor que a dor viesse
E ao meu coração, sangrar fizesse,
Do que vê-lo sem dor, mas fraquejando?
À Virgem oro, suplicando em prece,
Mesmo não sendo um crente que merece,
Deixa que eu ame Mãe, mesmo chorando!
Rosa Regis
Natal/RN – 03.01.2014
00:10 (Zero hora e 10 minutos)
(*)( Verso de Fernando Cunha Lima – invertido)