A vila de Ponta Negra Ou Vila dos Pescadores Junto a mais cinco conjuntos Dão tema para escritores Amantes da poesia, Que em versos histórias cria, Fazerem a si louvores.
Os Conjuntos: Ponta Negra, Natal Sul e Alagamar, Também o Orla Marítima, Vêm aqui representar, Com mar calmo e Céu azul, Parte da Região Sul. Zona Sul! Posso afirmar.
A história do Município De Natal consigo traz O surgimento da Vila E o que seu povo faz A “Vila dos Pescadores” Diz quem foi seus fundadores Há muitos anos atrás.
Mesmo o território sendo A maior parte rural, Viviam da pescaria Quase que no seu total. A agricultura seria, Com o artesanato, via De renda ali do local.
Foi no século Dezessete Que se deu a ocupação Com a presença holandesa Aqui no nosso torrão. Até o Século Vinte Sem mudança, sem requinte, Viveu cada cidadão.
Hoje o espaço é urbano Em toda a sua extensão, Ou quase. Fato ocorrido Devido à aparição Do turismo. Atividade Que aumentou, na verdade, Com a urbanização.
Pavimentam-se avenidas, Ajardinam-se os canteiros, Pra conquistar os turistas Nominados de estrangeiros, E o PRODETUR[i] investe Com programas que reveste De gana os interesseiros.
O bairro de Ponta Negra, E a Vila que também tem O mesmo nome, passaram A ser visados também Como fonte de riqueza. Aí, com toda certeza, Os investimentos vêm.
O interesse econômico; O empreendedorismo: Seja no imobiliário, No comércio, no turismo; Lazer, lucratividade; Pousadas, hotéis, herdade... Provocando o nativismo.
É que as famílias nativas Foram sendo segregadas Só nas áreas periféricas, Sendo impossibilitadas Pelas suas condições Financeiras, a ascensões, Sentindo-se humilhadas.
Mas ao mesmo tempo migram Devido à necessidade De moradia e trabalho Próximo da localidade Que seja ele temporário Ou fixo, de modo vário. É a nova realidade.
Já não dá para viver Somente da agricultura, E da pesca, pois o espaço, De uma forma muito dura Pela construção civil, Parecendo um ato vil, É tomado. Não tem cura!
Então como alternativas Muitas vezes informais Ou autônomas, os homens, E ainda mesmo casais, Vão trabalhar de caseiros Por vezes para estrangeiros Que são os que pagam mais.
Vendedores ambulantes; Em barracas atendendo Aos veranistas da terra E a quem vai aparecendo De fora. Seja: ao turista, Que cresce a perder de vista! Sempre ao comércio aquecendo.
Tem início a competição Com a atividade pesqueira E de coleta que eram, Como se diz: “De primeira!” Aquelas que originaram A Vila e a sustentaram Junto à produção rendeira.
Além do mais o turismo, De forma desordenada Na Vila de Ponta Negra, Vem deixar prejudicada A sua população, Gente de bom coração Mas que ficou revoltada.
Na praia houve um aumento Grande na poluição; Aumentou a violência E a prostituição Em que os adolescentes, Jovens e inconsequentes, São as vítimas em questão.
Nós sabemos que devemos Preservar a identidade Cultural de um município Ou de uma comunidade, Bem como as populações Com as suas tradições. Isto é fato. Isto é verdade.
Prevenir e combater A tudo que fizer mal À dignidade humana, Ao turismo sexual,... E elevar às alturas Nossas diversas culturas De uma forma especial!
Está lá no Artigo 5º Da Lei que rege o Turismo Nos Itens IX e X, Não é só um aforismo! E se você duvidar É buscar, é pesquisar... Pois não sou de analogismo.
ROSA REGIS
Natal/RN – outubro de 2016 Revisado em novembro de 2020.
[i]PRODETUR-NE I – Programa de Desenvolvimento do Turismo no Nordeste