Sem noção de amor fraterno// O homem agride o irmão,// Num ato que mostra o inferno// Que traz no seu coração.
Rosa Regis Brincando com os Versos
Pensares que se transformam //espalhando poesia, //pegam carona no vento// enchem meu ser de alegria
Textos

CARTA A NOSSA SENHORA

 

Natal, 12 do mês quatro

De dois mil e vinte e um,

Saudações Nossa Senhora!

Quem fala aqui, sem lundum,

É Rosa Regis, Rosinha,

Lá do sítio Jerimum.

 

Eu te escrevo minha Santa

Não é para pedir nada

Mas só para agradecer

Por me ajudar na jornada

Que decidi por seguir

Nesta vida embaralhada.

 

Desde criança o destino

Parece me orientar

O caminho a ser seguido

Evitando tropeçar.

Mas sei que é tu, minha Santa,

Quem guia o meu caminhar.

 

És tu quem enxuga o pranto

Do meu rosto e me consola

Quando a dor insuportável

Da desesperança imola

O meu ser desmerecido,

E a lágrima na face rola.

 

Agradeço, oh minha Mãe,

Ao meu amado Jesus

Teu Filho que me ajudou

A carregar minha cruz

Neste mundo de pecados

Que ao sofrimento faz jus.

 

Agradeço por ter sido

Dotada de muita garra

Onde as pedras do caminho

Não traduziu-se em amarra,

Mas, só para incentivar-me

A enfrentar cada barra.

 

Já te pedi muita coisa

Mas hoje eu só agradeço

Pois o que eu não recebi

Certamente não mereço.

E a fé na Mãe de Jesus

É coisa que não tem preço.

 

Agradeço a ti Maria

A ajuda pra suportar

As dores físicas da vida

E as dores do imaginar

O que está dentro da alma

Que nunca irá se apagar.

 

Agradeço a paciência

Que a idade vem trazendo

Porque sei, querida Mãe,

Nisto estás intercedendo

E o saber da tolerância

Nos vem mesmo não querendo.

 

Eu te amo Mãe querida:

Senhora da Conceição,

De Fátima, de Aparecida,

Do Amparo, da Assunção,

Do Parto, da Boa Sorte,

Do Ó, da Apresentação.

 

Do Amor Divino, das Dores,

Do Livramento, da Glória,

E dezenas de outros nomes

Que não me vêm à memória,

Mas sendo a mesma Maria

Que está com Jesus na Glória.

 

Já quase finalizando

Esta cartinha, eu te digo:

Tenho plena consciência

De que és, Mãe, meu abrigo,

Meu esteio e minha força

Para enfrentar o perigo.

 

O perigo que se espalha

Neste momento no mundo

Que, sem a graça da fé,

O sofrimento é profundo.

Por isso, Mãe, te agradeço

Cada minuto e segundo!

 

Finalizo esta cartinha

Com meu peito aliviado

Da tensão que um vírus mau

O fazia angustiado.

Pois falar contigo, Mãe,

Foi o remédio acertado.

 

Despeço-me desejando

Poder um dia te ver

Ao lado do vosso Filho,

Nosso Irmão Maior e ter

A graça da eternidade.

Isto, se assim merecer.

 

 

Rosa Regis

Natal/RN – abril de 2021

Rosa Regis
Enviado por Rosa Regis em 05/03/2022
Alterado em 05/03/2022
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