O COVID 19 ou O MONSTRO INVISÍVEL
Senhor Deus de cada crente
E do descrente também
Que representais o bem,
Purificai minha mente
Tornando-me consciente
Para que eu possa fazer
Um bom trabalho e trazer
Em meio a essa pandemia
Algo bom, boa energia,
A quem se dispor me ler.
No mundo globalizado
Em que tudo que acontece
Um entrelace se tece
Deixando tudo ligado,
Se um país vê-se tomado
Por um mal desconhecido,
Em pouco tempo devido
A esse entrelaçamento,
Digo o que sei não aumento,
Um a um é invadido.
Foi isso que aconteceu
Com nosso globo terrestre!
Não é preciso ser mestre
Para ver como se deu
Com o vírus que acometeu,
De início, o povo chinês!
E partindo dali fez
O seu caminhar danoso
Tirando prazer e gozo
De toda a Terra de vez.
Como fogo de monturo,
Queimando sem ninguém ver,
O vírus ganha poder
Tornando-se um páreo duro!
Ceifando o belo futuro
De muitos que têm em mente
Criar de forma decente
Um filho ou filha, uma neta...
Vendo afinal sua meta
Perdida ao ficar doente.
Em dois mil e dezenove,
Já próximo ao final do ano,
Lá na China, salvo engano,
O CORONA já se move!
E a infecção promove,
Sem se saber de onde vem
E nem o poder que tem
Ataca sem escolher
Quem vai ou não vai morrer
Pois de ninguém quer o bem.
Um vírus desconhecido!
Ninguém sabe de onde veio
Ou o que traz no seu seio,
Vê-se logo aparecido
Noutros países. É tido
Como um vírus assassino
Sem dó, sem amor, sem tino...
Que ataca por atacar,
Com o intuito de matar!
Por ser do mal. Um cretino!
Parte matando na China
E infectando um montão
Sendo um ser sem coração,
Sem regras, sem disciplina,
Nada ou ninguém o domina
E vai se multiplicando,
Infectando e matando
Cada vez mais e mais gente
Que, de forma inconsequente,
Entregam-se ao seu comando.
As pessoas viajando,
Sem ter noção do perigo,
Levam consigo o inimigo
No seu corpo, transportando,
Noutros lugares deixando
O vírus que ainda é tido
Como um mal desconhecido
Do qual ninguém tem noção
Se há cura pra ele, ou não.
Se pode ou não ser contido.
De início já se descobre
Que o mesmo ataca o pulmão
Causando preocupação
Mas não há quem se desdobre
Em estudos sem que sobre
Dados para pesquisar.
E se alguém quer viajar,
Por enquanto, é liberado.
O mundo, preocupado,
Parece ainda não estar.
Só Ball da Universidade
De Nottingham contrariando
A todos, chega falando:
“Um vírus novo, em verdade
Por ser uma novidade,
Deve, sim, preocupar!
Com forças pra ultrapassar
Qualquer barreira existente,
É, pois, um vírus temente!
Devemos lhe respeitar.
Em uma célula humana,
Liberto e se replicando,
Se mutações for gerando...
O mal que do mesmo emana
Talvez que em uma semana
Se espalhe mais facilmente,
Pondo a pessoa doente
Em um perigo letal.
Não queremos que esse mal
Ganhe esta luta pra gente!”
Mas parece que ninguém
Deu atenção para Ball!
Aí, espalhou-se o mal,
Pelo mundo inteiro! E vem
Cá para o Brasil também!
E o nosso país festeiro
Na festa de fevereiro,
No Carnaval já recebe
Todo mundo e nem percebe
Que caiu num atoleiro.
E, geometricamente,
A infecção foi passando
Muito rápida infectando
A quantidade de gente
Pra lá de suficiente
Para que tudo parasse:
O comércio se fechasse,
As fábricas, as escolas...
O que representa as molas
Da economia. Ou a face.
Porém se cria de início
Que tudo iria passar
Logo a gente ia voltar
Para o nosso “sacrifício”
Que, por vezes, de “suplício”
Por nós era nominado
Quando de noite, cansado,
Nosso corpo relaxava,
Reclamando. Mas gostava
Do trabalho efetivado.
Mas quem disse que passou!
Aumentou a pandemia.
E aquilo que era alegria
Em medo se transformou
Pois ninguém se preparou
Para o que veio a seguir:
Ver um parente partir
Para nunca mais voltar
Sem nem poder visitar,
Nem poder se despedir.
De início vão os idosos,
Fragilizados que são,
Deixando no coração
Dos seus filhos, lacrimosos,
Saudades dos prazerosos
Momentos por que passaram;
Remorsos porque deixaram
De falar do grande amor
Que sentiam e pela dor
Na hora que os enterraram.
Também os desassistidos
Pelos “Donos do Poder”
Que, ao seu modo de ver,
Eles não são merecidos!
São só pobres desvalidos
Que não merecem atenção
Dos seres sem coração.
A não ser quando precisam!
Porém, para isto, avisam.
É no tempo da eleição.
Aqui no nosso País
A coisa é mais deprimente!
Pois o nosso Presidente
Sempre agiu como bem quis!
O que sempre disse, e diz:
Que ele é galo e não galinha!
Que: O CORONA é gripezinha!
Só assusta a quem é fraco.
E o Brasil? Vai pro buraco?!
Eis uma pergunta minha!
No mundo inteiro a Ciência
Move-se para estudar
Uma forma de criar
Através da experiência
De homens de consciência
Dedicados à Saúde,
A vacina. “Deus ajude”!
Oram os mais fervorosos
Aos seus santos poderosos.
Eu mesma orei quanto pude.
No dia nove de abril
Do ano Dois Mil e Vinte,
Com o Poder fazendo acinte,
Já tinha dezoito mil
E tantos por esse vil
Vírus do mal dominados,
Espalhados nos Estados,
Quase mil vidas perdidas!
Pelas famílias sentidas
Com choro e dor lamentados.
Dia a dia, mês a mês,
Aumenta a infecção
Através da transmissão.
Cada um, por sua vez,
Terá que ter sensatez
Buscando sempre evitar
O contato, não beijar...
Não tocar no quer que seja!
E daí segue a peleja
Para o tal mal evitar.
O terror vai se espalhando...
Temos que andar mascarados!
Além disso: preparados
Com álcool em gel borrifando
As mãos e as esfregando
Depois de qualquer contato
E antes, porque, de fato,
Poderemos transmitir
A alguém que poderá vir
A nos tocar com aparato.
Escolas fecham! Só dando
Aulas pelo Google Meet.
Parece coisa de elite!
O pobre fica “boiando”,
Sem equipamento. Quando
É vez da avaliação
Ele fica sem noção
Pois nada viu da matéria.
- Isso é mesmo coisa séria!
“Aos fracos: desatenção”!
Festas tradicionais
Não poderão ocorrer.
A Arte passa a perder
Como todos os demais!
Os eventos culturais
Já não são mais liberados.
São todos fiscalizados
Para evitar transmissão
Devido à aglomeração.
“Festejos não festejados”.
UTIs ficam lotadas!
É hora de fechar tudo!
Mas o Chefão, “carrancudo”,
Com bandeiras, com fachadas...
Com falácias escrachadas,
Aglomera a toda hora!
Enquanto seu povo chora
Nas portas dos hospitais
Perda de irmãos e de pais;
De genros, filhos e nora.
Gente da Televisão;
Famosos já conhecidos;
Aqueles que estão metidos
No Poder têm a atenção
Das mídias que mostrarão,
Quando do vírus tocados,
Morrendo, serão chorados.
O pobre, sem muita monta,
São só números que se conta!
Menos despesa aos Estados.
Cientistas do mundo inteiro
Agem buscando encontrar
A fórmula para criar
Vacina. E o brasileiro,
O nosso povo guerreiro,
Continua trabalhando!
A guerra fria enfrentando
Pois necessita comer
Pra poder sobreviver,
Ao próprio medo driblando.
Oito de dezembro o dia
De “graça” pro Reino Unido
Por ter ali conseguido
Trazer a grande alegria
Da vacina. E se inicia,
No povo, a vacinação,
Trazendo à população
A esperança de enfrentar
O tal mal, dele escapar.
É alívio ao coração.
E no dia dezesseis
Do mesmo mês, vacinando,
Ao seu povo imunizando,
Mais cinquenta e seis países
No mínimo! Com diretrizes
De tentar imunizar
Todos que pudessem dar
Conta. Evitando mortes,
E à Economia, cortes.
É a forma de amenizar.
Mas o Brasil está fora!
Pois o nosso Presidente,
Um sujeito inconsequente,
Que espera que a melhora
Venha por “rebanho”. Ora!
Pra ele, nós somos “gado”
Que nasceu predestinado
Ao “corte”! E, sem compaixão,
Nem dinheiro pra o caixão
Oferece o desgraçado!
Final de Dois Mil e Vinte!
São quase duzentas mil
Mortes que causa essa vil
Doença que, com requinte,
Tira vidas, faz acinte,
Às famílias brasileiras!
E o “Grande Chefe” besteiras
Pela boca vai soltando,
Continuando o desmando.
Fugindo às boas maneiras.
Avança a vacinação!
Mas somente no estrangeiro.
Nosso povo brasileiro
Carecendo de atenção,
Porém o “Presidentão”
Toda oferta rejeitou.
Não aceitou. Não comprou
A vacina oferecida.
Por mais que ela fosse tida
Como boa, ele esnobou.
A dezoito de janeiro
De Dois Mil e vinte e um
Só se ouvia o zum,zum,zum
Do nosso povo festeiro
Que enfrenta o terror “fagueiro”,
Pois começou, afinal,
O combate ao grande mal
Que se alastrou pelo mundo
Trazendo um medo profundo
Por ser, por vezes, fatal.
Mas as vacinas não dão
Suporte à necessidade!
Sendo pouca a quantidade
Pra suprir toda a Nação.
Houve falta de atenção!
Ou melhor: falta de amor
Ao povão trabalhador
Que dá seu sangue lutando,
No trabalho, labutando,
Suando e sofrendo dor.
Já um quarto de milhão
De mortos em fevereiro
Do ano atual. O cheiro
Da morte causa tensão
E acelera o coração
Dos que têm que lutar
Pra poder se sustentar
E à família também.
Já que outra opção não tem!
O recurso é se arriscar.
O Brasil fica em atraso
Quando se fala em vacina!
Nosso povo diz: - É sina!
Mas nós sabemos que o caso
É causado por descaso
Por esta gente que luta
Com garra numa labuta
Dura, pra sobreviver.
Só mesmo quem não quer ver,
Tem cegueira absoluta.
Segue a contaminação
Avançando sem parar,
Recua e torna avançar
Trazendo desilusão.
Uns causam aglomeração
Sem o respeito devido,
Sendo um ato repetido
Pelos desinteligentes
Tornando-se assim agentes
Deste vírus tão temido.
Seguindo a orientação
E o exemplo malfadado
Do grande “Chefe de Estado”,
O Comando da Nação!
Algumas centenas vão
Se expondo sem calcular
Que poderão transportar
O CORONA a um parente,
Um amigo ou qualquer ente
Que poderá se finar.
Aumenta todos os dias
O contágio em cada Estado!
Já é contabilizado,
Em maio, um quantum assombroso!
Onde a esposa, ou o esposo,
Perde o amor da sua vida,
Numa luta descabida
Para um vírus que não tem
Nenhum respeito a ninguém,
Numa sanha desmedida.
A vacinação vai indo
Devagar mas já trazendo
Esperança a quem já tendo
Idade a recebe rindo,
Agradecendo e pedindo
Ao Bom Deus que nos proteja
E que logo, logo esteja
Todo mundo vacinado.
Digo: - Deus seja louvado!
Eu espero que assim seja.
Há tentativa de compra
Com superfaturamento
De vacinas num momento
De dor do povo. A cretina
Cambada “supra” assassina,
Sem dó e sem compaixão
Do meu querido povão,
Com seus negócios escusos
Vão cometendo os abusos
Na maior descaração!
Chega-se ao final de julho,
Quase dois anos passados.
Ficamos mais sossegados
Já sentindo algum orgulho...
No entanto, dando um mergulho
Nas notícias, eu fraquejo!
Porque vejo: tem ensejo
Mais uma cepa rondando,
No mundo rodopiando.
É um novo perigo, vejo.
São mais de seiscentas mil
As mortes já registradas
Pelos jornais publicadas
Causadas por essa vil
Doença aqui no Brasil,
Provocando o desespero
Do meu povo brasileiro,
Alegre e trabalhador,
Que ainda chora de dor!
Não só ele, o Mundo inteiro.
Só nos resta proteger-nos
Com máscara e álcool em gel
Fazendo o nosso papel
Que é o de defendermos
Nós mesmos e oferecermos
Proteção a quem amamos
E com quem compartilhamos
Até que o CORONA mau
Embarque na sua nau.
Lutemos! Vamos que vamos!
A média-morte baixando
Mas ainda muito alta
No nosso país! Ressalta
O jornal nos demonstrando
Com gráficos em que o comando
É dos especialistas
Em pesquisas que são vistas
E revistas todo instante
Mostrando um grande montante
Das infecções previstas.
Só temos que “agradecer”
Pela luta desigual
Da Ciência contra o mal
Que nos trouxe o padecer
De ver o povo morrer
Por não ser imunizado
Em menos tempo, coitado!
A um ser sem coração,
Sem Deus, sem educação,
Um ser tosco e desalmado.
Eu espero que a justiça
Possa ser feita algum dia!
E que essa patifaria
Que nos fere e nos atiça
A lutar contra a injustiça
Possa um dia se finar.
Se possa comemorar
O fim do mal no poder!
Que o Vírus venha a morrer!
Possamos nos abraçar.
Finalizo este poema
Ou desabafo em cordel
Sabendo ser meu papel
Ser contra a qualquer esquema
Que em si esconda um problema
Ou situação tacanha
Em que só o povo “apanha”
Enquanto uns se deliciam
Com o dinheiro que desviam.
Onde “só o grande” ganha.
Autoria: Rosa Regis
Natal/RN – julho de 2021
1ª edição: Editora NORDESTINA
E hoje, 02 de maio de 2022,
ainda não tendo saído totalmente
do perigo pandêmico do COVID 19,
já nos vem a Dengue, o Chikungunya e
a Zica para nos infernizar.
Rosa Regis
Natal/RN – julho de 2021
E hoje, 02 de maio de 2022,
ainda não tendo saído totalmente
do perigo pandêmico do COVID 19,
já nos vem a Dengue, o Chikungunya e
a Zica para nos infernizar.