Naquele dia Joaninha
Saiu para passear
Na floresta com uma amiga
Com quem costuma brincar.
Brincaram por um bom tempo
Sem qualquer preocupação
A não ser pequeno susto
Com um cavalo do cão.
Aquele formigão grande
E forte deixa assustada
A ela e a sua amiga
Que chorou amedrontada.
Mas o susto grande mesmo
Vem de algo inesperado
Um fogaréu repentino
Que avança para o seu lado.
Ela vê bichos passando
Correndo para escapar
Àquele fogo terrível
Que poderá lhes matar.
Pegando na mão da amiga,
Joaninha põe-se a correr
Em busca de sua casa
Pois tem medo de morrer.
A garotinha Joaninha
Chega em casa esbaforida!
Dona Joana, cuidadosa,
Pergunta: — O que foi querida?
— M...mamãe, gagueja Joaninha,
Eu vi o mato queimando,
A fumaceira cobrindo
E os bichos debandando!
Um desespero tão grande
Que eu nem sei como contar:
A bicharada correndo
Para tentar escapar.
Enquanto corria eu vi
Um animal diferente
Que andava com dois pés
E sorria indiferente.
Parecendo que gostava
De ver os bichos sofrendo!
Passei por ele depressa
E continuei correndo.
Aí, mamãe, eu pensei
Comigo mesmo: Quer horror!
Parece que o ser humano
Esqueceu o que é amor!
E pedi ao deus dos bichos
Que protegesse a floresta.
Pensando ainda comigo:
“É só isto o que nos resta?”
Espero que o ser humano
Algum dia use a razão
E entenda que os animais
E as árvores sempre serão
Essenciais pra que a vida
Tenha continuação.