EUTANÁSIA II
Um olhar dilatado, já sem vida,
Implora pra tirar-lhe o sofrimento.
Era um bruto, eu sei, mas, no momento,
Vi-me sem chão, tristonha, condoída.
Da minha dó, a reação devida:
Já que do mal não posso vê-lo isento,
Assumo a dor dando o consentimento
Para livrá-lo de morte tão doída.
O corpo adormecido, sem sentir,
Estava preparado pra “partir”,
Porém não me atrevi a acompanhar.
O seu carinho nunca esquecerei!
Da decisão não me arrependo, sei:
Era o melhor que eu tinha a lhe ofertar!
Natal/RN
25/26 de julho de 2018
(A morte “piedosa” do meu gatinho)