LOUVANDO A FEIURA
Tu te queixaste por eu não fazer
A louvação que achas que mereces.
Digo-te logo, mesmo sem querer,
Pelo que és, tu necessitas preces.
Não vês que o teu ser é um não ser?
Que do mal da feiura tu padeces?
Digo-te, pois, não posso oferecer,
A ti, louvores como tu careces.
Só posso oferecer minha amizade!
Se a quiseres..., de boa vontade,
Eu a disponho carinhosamente.
A aparência é algo descartável,
O que conta, afinal, é ser afável.
A beleza não faz o ser decente.
Natal/RN