A CASA DA MINHA INFÂNCIA
Na entrada daquela casa
Tinha um grande cajueiro
Enorme, forte, curvado
Sobre a estrada, altaneiro!
O cajuzinho era azedo
Porém gostoso o seu cheiro.
Do outro lado a palmeira,
Completando um quadro belo.
Ao lado outro cajueiro:
Caju-banana amarelo!
A jaqueira e a mangueira
Ligadas em grande elo.
E a casa: casa de taipa
Coberta de telha e palha,
Aconchegante, gostosa,
Onde o amor sempre trabalha
No eu dos seus moradores
Onde a pobreza é "migalha".
Saudades daquela casa,
Dos meus irmãos, dos meus pais,
Todos juntos à tardinha,
Ao por do sol, com os pardais
Cantando doces canções,
Rindo das coisas banais.
Rosa Regis
Natal/RN