NESTA INCAPACIDADE DE SONHAR
(Em resposta ao soneto de Fernando Cunha Lima:
ROUBO DOS SONHOS II )
Nesta incapacidade de sonhar,
Sigo contigo não perdendo o tino,
Pois, eu bem sei: tua alma de menino,
Dormindo ou acordada há de encontrar
O sonho que se perdeu ou foi parar
No limbo de que falas, caro amigo!
Pois um dia, tenho fé, por isso digo:
- O tal sonho perdido há de voltar.
E aí, dormiremos mansamente,
Planando, juntos e inocentemente,
Num mesmo sonho que nos fará ver
Que a poesia é como fora um elo
Maravilhoso, forte, mas singelo,
Que une dois estranhos num só SER.
Natal/RN