Sem noção de amor fraterno// O homem agride o irmão,// Num ato que mostra o inferno// Que traz no seu coração.
Rosa Regis Brincando com os Versos
Pensares que se transformam //espalhando poesia, //pegam carona no vento// enchem meu ser de alegria
Textos

O RIO GRANDE DO NORTE e A FUNDAÇÃO DE NATAL

 

 

 

O RIO GRANDE DO NORTE

E A FUNDAÇÃO DE NATAL

 

 

 

Eu vou contar pra vocês

Uma História que é real:

A História do Rio Grande

Lá na fase inicial

Quando ele foi desmembrado

E a João de Barros doado

Pelo Rei de Portugal.

 

No ano Mil e Quinhentos

e Trinta e Cinco, João

de Barros, de Portugal,

Pelas mãos de Dom João

Sexto, recebe o presente

Que o deixa muito contente.

Mas dura pouco a emoção

 

Pois a colonização

Fracassa. E os portugueses

Perdem a área, por sessenta

E três anos, pra os franceses

Que o pau-brasil traficavam

E, com isso, comandavam.

Superando os portugueses.

 

Porém em Mil e Quinhentos

e Noventa e Oito, o mando

Retornou aos portugueses

Por um período. É quando

Novo comando é formado,

Sendo, agora, liderado

Pelo mando lusitano.

 

E a Vinte e Cinco do mês

De Dezembro, um ano após,

Dar-se-á a fundação

De Natal que, para nós

Foi dito, e digo a vocês:

Foi obra do português!

Afirmo em bom tom de voz.

 

Mascarenhas Homem1 e

Jerônimo2 , garantirão,

Agora, a posse da terra

Com a iniciação

Da construção de um forte.

E o Rio Grande (do Norte)

Tem nova dominação.

 

E até Mil e Seiscentos

e Trinta e Quatro durou

O domínio lusitano,

Quando o tal Forte3 passou

Ao domínio do holandês

Que o tomou do português

E, como dono, ficou.

 

Por um vintênio a Holanda

Foi dona do Rio Grande.

Em Um, Meia, Cinco, Quatro,

Acaba o seu mando. Onde,

Nos quarenta e sete anos

Seguintes, glórias e danos,

Perda dos dados esconde.

 

Mil Setecentos e Um!

A História diz que a Bahia

Dominou o Rio Grande

do Norte que passaria,

Agora, com a derrota,

Pra Pernambuco que o importa

Pra sua capitania.

 

No ano Mil Oitocentos

e Dezessete em ação,

A Capitania adere,

Também, à Revolução

Pernambucana.  Em Natal,

Instalava-se, afinal,

Uma nova direção:

 

Uma junta do Governo

Provisório que terá,

Em suas mãos, o direito

E o dever de comandar.

Fracassa a rebelião,

Adere ao Império, e então,

Província irá se tornar.

 

Foi em Mil e Oitocentos

e Vinte e Dois que ocorreu

O Provinciado, mas,

Em seguida aconteceu

Algo: transformou-se Estado

Que, em si, foi resultado

Da República que se deu

 

No ano Mil e Oitocentos

e Oitenta e Nove. E Assim

É que foi contada a História

do Rio Grande pra mim

Pelos textos que estudei,

Nos livros que pesquisei.

Passo: tim-tim por tim-tim.

 

Na seqüência, poderemos

Falar da economia,

Dos costumes; da crendice,

Que é cheia de fantasia;

Da própria religião

No Agreste e no Sertão.

Assim... Até outro dia!

 

 

 

Por Rosa Regis

 

Em 1817, a capitania aderiu à Revolução Pernambucana, instalando-se na cidade de Natal uma junta do governo provisório. Com o fracasso da rebelião, aderiu ao Império e tornou-se província em 1822. Em 1889, com a República, transformou-se em Estado.

Muitas pessoas não sabem, mas a base de Parnamirim foi crucial na vitória dos aliados, e junto ao Acre, o Rio Grande do Norte foi ultra-decisivo no processo de vitória Aliada na Segunda Grande guerra, pois barrôu a expansão do Afrika Korps alemão que pretendia dar um salto da África ocidental à América do Sul passando pelo Nordeste do Brasil, que foi ocupado antes por tropas estadunidenses.

E não apenas os Estados Unidos se beneficiaram diretamente deste estado, mas também o Centro-sul do Brasil que finalmente conseguiu recursos suficientes da liderança aliada estadunidense para se industrializar de forma pesada e decisiva via construção da Companhia Siderúrgica Nacional.

 

Natal/RN -  Outubro/2007

Revisado em 13 de abril de 2024.

 


1 Manoel de Mascarenhas Homem.

2 Jerônimo de albuquerque.

3 O Forme dos Reis Magos.

Rosa Regis
Enviado por Rosa Regis em 12/04/2024
Comentários