PORTEIRA VELHA
(Em resposto ao soneto PORTEIRA VELHA,
de Fernando Cunha Lima)
Porteira velha que ao canto foi jogada,
Que já não serve pra segurar o gado.
O meu coração no peito, disparado,
Bate tristonho por vê-la desprezada.
Minha alma triste saudosa traz gravada
A gemedeira “alegre” dos seus guizos,
Que a minha mente traduzia em risos
De uma boa e grande amiga dedicada.
Eu, que fazia de ti meu cavalinho,
Trago no peito ainda com carinho
A lembrança saudosa do “gemido”
Que, ao te abrir, soltavas bem baixinho,
Para não arranhar, do passarinho,
Seu sensível e delicado ouvido.
Natal/RN
12 de setembro de 2009