LOUVANDO A FEIURA
Tu te queixaste por eu não fazer
a louvação que achas que mereces.
Digo-te logo, mesmo sem querer,
pelo que és, tu necessitas preces.
Não vês que o teu ser é um não ser?
Que do mal da feiura tu padeces?
Digo-te, pois, não posso oferecer,
a ti, louvores como tu careces.
Só posso oferecer minha amizade!
Se a quiseres..., de boa vontade,
eu a disponho carinhosamente.
A aparência é algo descartável,
o que conta, afinal, é ser afável!
A beleza não faz o ser decente.
Natal/RN
19 de maio de 2014 16h00
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